Mesmo fora das partidas decisivas, meia se destacou na primeira fase da competição pelo time do MC Hariel Experiente em quadras de futsal e Fut7, Betão Ribeiro, de 37 anos, tem vivido novas experiências no mundo da bola desde que assumiu a camisa dez do Funkbol Clube na Kings League Brasil. Mesmo eliminado, ele é o líder em assistências com oito passes para gol na competição que virou febre na internet e reúne influencers entre os presidentes e até mesmo o atacante Neymar, do Santos
Natural de Nuporanga (SP), Betão é capitão e busca ser referência técnica por onde passa. Na Kings League, marcou três gols nos cinco jogos que disputou antes da eliminação do Funkbol, time que tem como embaixadores o cantor de funk Hariel e o produtor musical Kond.
- Entraram em contato comigo pelo Instagram perguntando se eu tinha interesse em participar, que me apresentariam o projeto e tudo. Respondi que sim. Até então eu não sabia que era Hariel e Kond como embaixadores - contou.
Betão em ação na Kings League Brasil
Igor Garcia | @_garciafoto
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Craque nas quadras e nas contas
Betão deu seus primeiros chutes no futebol de campo, aos 14 anos, passando pelas categorias de base do Rio Branco (SP), Botafogo-SP e Comercial.
No entanto, foi no futsal que despontou em 2007 ao ser convidado por Cidão, um dos principais nomes da modalidade no país, à época comandante do Intelli Orlândia.
- Joguei profissionalmente futsal até 2013, que foi o meu último ano em Sertãozinho. Aí eu cansei um pouco, resolvi parar e vim para Ribeirão Preto. Só que aí chegou aqui, eu conheci o Junior, que é o presidente do Ribeirão Futsal e do Botafogo Fut7 e continuei.
Betão jogando Fut7 pelo Botafogo-SP
Renan Bin/FollowX Comunicação/Ribeirão Fut7
Aos 37 anos, Beto não pensa em parar de jogar e concilia a rotina do trabalho formal como gerente financeiro em uma construtora, com os treinamentos para os jogos das equipes de futsal, Fut7 e, agora, da Kings League.
- Eu já tenho uma certa idade, vou fazer 38 anos esse ano. Eu não sou mais novo. A gente treina o futsal todo dia, 10h, e depois eu trabalho até às 17h em horário comercial. É muito cansativo. Muito corrido. Desgasta bastante. Se não tiver uma cabeça boa, preparado, não dá conta não. Mas graças a Deus, até agora, eu estou conseguindo e também tenho uma cabeça boa. Treino bastante, até de forma individual. Pretendo jogar por mais uns três, quatro anos, se meu corpo aguentar. Espero aguentar mais um bom tempo - finalizou.
Kings League
Na Kings League, criada pelo ex-zagueiro Piqué, duas equipes de sete jogadores disputam partidas de 40 minutos, divididas em dois tempos de 20. O jogo começa com bola ao alto e um atleta de cada lado saindo do gol para disputá-la. A cada minuto, um novo jogador entra até os times ficarem completos. Aos 18 minutos, o juiz lança um dado que define quantos atletas seguirão em campo até o fim do primeiro tempo.
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Na segunda etapa, a bola volta ao ar e, nos dois minutos finais, gols valem o dobro ou, em caso de empate, entra em vigor o gol de ouro. Persistindo a igualdade, a decisão vai para o shootout, duelo individual contra o goleiro. Cada equipe tem direito a um “pênalti do presidente” e, no segundo tempo, pode usar uma carta secreta que altera a dinâmica da partida.
Acostumado em jogar nas quadras e gramados sintéticos, Betão estranhou as regras, mas logo se adaptou.
- As regras são malucas. A intenção da Kings é sair muito gol. Já tem os pênaltis dos presidentes, que se fizer já está 1 a 1. Tem as cartas secretas, que também podem ser pênaltis, que já é gol. Para mim o mais difícil, é o impedimento. A gente joga no Fut7 e não tem impedimento. Como a gente tem um time aqui, a gente roda muito, vem do futsal, joga atrás das linhas, atrás dos fixos e lá não tem como. Você entrou dentro da área, o fixo não te acompanhou, você está impedido. Mas com um jogo ali, com treino, você já se acostuma e já está mais tranquilo - comentou.
Betão vestiu a 10 do Funkbol Clube
Igor Garcia | @_garciafoto
Kings League Brasil
Dez equipes entraram na primeira edição da Kings League Brasil. As sete melhores colocadas avançam. Com melhor campanha, a Furia, que tem Neymar como presidente, já está classificada às semifinais. Os outros seis restantes buscam as três vagas que faltam.
A grande final da edição nacional acontece no dia 18, domingo, no Allianz Parque, em São Paulo.
Os quatro semifinalistas vão representar o Brasil entre os 32 participantes de todo o mundo no Kings World Cup Clubs, na França.
Lima em ação pela Furia FC na Kings League
Arquivo Pessoal
*Sob supervisão de Vinícius Alves